Então? Tudo bem? Não?! O último 14 de Fevereiro foi um dia solitário, é isso? Se calhar, é altura de começar a trabalhar para passar o próximo em boa companhia! Acompanhe esta nossa alegoria para dar uma cor de final feliz à sua história.
Imagine que é um homem, trabalha num escritório e gosta de uma mulher, a Marta da contabilidade. As suas intenções para com ela são as mais nobres: quando se envolve, envolve-se a 100% e é completamente dedicado à relação.
A Marta…
A Marta é muito bonita. Não usa maquilhagem e escolhe a sua roupa apenas pelo critério do conforto. Nunca se exibe nem tenta agradar a ninguém. É confiante, independente, inteligente e culta. Sendo workaholic, não tem muita vida social e gosta de estar em casa sossegada; por isso, em princípio, não terá de contar com grande concorrência fora do escritório. Não se sabe se ela está à procura de alguém mas, se o estiver, procura provavelmente alguém com estas mesmas qualidades.
No entanto, temos outros cinco homens no escritório: um está bem casado e com filhos, outro é gay e três estão livres. E quem são estes três?
O Luís…
Sujeito experiente, charmoso, com cabelo grisalho, agradável, mesmo se relativamente convencional. É recém-divorciado, saído de uma relação de 15 anos – logo, tem muita experiência acumulada. No entanto, o seu casamento acabou, porque foi apanhado a podar as rosas da vizinha (literalmente: pelos vistos, a esposa do Luís, a São, pedia ao seu marido que podasse as plantas do seu jardim e ele adiava sempre. Qual não foi a surpresa da São, quando um dia chegou a casa e o marido estava a podar as rosas da vizinha…).
O Carlos…
É um solteirão bonito, que está bem fisicamente. Tem graça e muito jeito para meter conversa. Gosta de sair à noite e de flirtar com as moças mais produzidas. Porém, é muito pouco humilde… chamam-lhe convencido, até.
O Júlio…
Cheira a presunto
E agora, qual é o balanço?
Agora que sabemos as suas intenções, caro leitor, que revelámos os interesses da pessoa por si visada (a Marta) e que estudámos as vantagens e desvantagens da sua concorrência, qual é o balanço?
O nosso leitor tem boa figura, dentro do género discreto. Não é tão exuberante quanto os seus concorrentes. Não cheira a presunto. Não tem uma namorada há algum tempo, não sai muito à noite e não é de grandes encontros. Não gosta de relacionamentos curtos e desapaixonados. É sossegado, humilde, tímido. Tem alguma piada, mas não tanta quanto o Carlos. Não tem a experiência do Luís. Mas é mais estável, recatado, inteligente e culto do que eles. Não tem a certeza de que a sua dedicação seja apreciada por uma mulher que gosta tanto da sua independência, mas sente-se disposto a tentar.
Pode ser mesmo esse o seu posicionamento, pois parece ter o que interessa ao seu alvo e que está em falta na concorrência.
E qual é afinal o seu posicionamento?
O nosso leitor é o segredo melhor guardado do escritório para uma mulher como a Marta. Interessante, sem alaridos e de bom coração.
Considerações a ter na definição do posicionamento
Pode parecer fácil definir qual o seu posicionamento, mas atente nestes pormenores:
O posicionamento é a convergência entre: a sua intenção (o que quer ser e como quer ser visto); as expectativas e necessidades dos seus públicos (para quem é a sua oferta e para satisfazer o quê); o espaço deixado livre pela concorrência (o que é que ainda não está a ser oferecido, que o leitor possa oferecer e seja relevante para os seus públicos).
Fazer uma boa pesquisa antes de definir o seu posicionamento irá ajudar a entender o jogo de forças acima, antes de entrar na corrida (e até para saber se vale a pena entrar na corrida).
As condições de um bom posicionamento são: simplicidade, pertinência e credibilidade. Portanto, transmita poucas coisas sobre si, mas interessantes para os seus destinatários e que soem a verdadeiras. “Menos é mais”.
Se não fizer bom uso da comunicação, não conseguirá transmitir o seu posicionamento ao alvo e de nada lhe servirá ter uma posição diferenciadora.
Por isso, conte com a nossa ajuda para ter a certeza de que o seu alvo percebe o quão “interessante” e “dedicado” é. Se não tiver uma boa comunicação, “ela” nunca vai perceber.
Por isso, fale connosco. E, a seguir, fale com ela!
OPINIÃO CLIENTE QA: Marcos Bilro, Guionista
“No amor ou em contexto empresarial, pode ser difícil perceber o porquê de alguém nos querer escolher a nós ou à concorrência, mas a verdade é que um bom posicionamento pode ajudar – e muito. Se se conhecer a si próprio e aos outros, saberá o que tem a oferecer e, mais importante, a quem o oferecer. Evitará convidar uma senhora já comprometida para sair, ou enviar um colorido cartão de São Valentim a uma jovem daltónica. No seu negócio, como no amor, posicione-se bem, caro empresário, e não só poderá evitar embaraços, como a ocasional hérnia.”