Já deu por si numa conversa de trabalho e percebeu – ao fim de demasiado tempo – que os participantes não estão a falar da mesma coisa? Já sentiu frustração por isso? E já sentiu frustração por isso…todos os dias? Se a resposta for afirmativa, então sabe que estes padrões são muito desmotivantes num contexto empresarial. Felizmente, a QA está cá para ajudar a Comunicação Interna da empresa. Saiba como!
Descubra o valor da partilha

Até compreendemos que queira guardar o que sabe só para si: se Gollum tivesse sido criado nos nossos tempos, seria à informação que ele chamaria “my precious”. Mas a informação, tal como o dinheiro no banco, vale pouco se estiver parada. Partilhar informação é um investimento em eficácia e em laços sociais. Gostamos de quem partilha informação, como gostamos de quem traz bolachinhas caseiras para todos. Equipas que sabem o que interessa, a tempo, trabalham melhor e sentem-se melhor a trabalhar em conjunto. Quem se fecha em copas só se rodeia de ignorantes. E há sempre um momento em que dava um jeitão que eles percebessem de alguma coisa…
No entanto, tal como a escova de dentes ou o cônjuge, há coisas que não se partilham. Comunicar eficazmente significa saber o que é relevante ou acessório, o que está confirmado ou ainda é suposição. A informação que é passada dentro da empresa tem de ser rigorosa, pertinente e, acima de tudo, clara e concisa. Partilhar informação errónea vai comprometer a qualidade do trabalho e, por conseguinte, prejudicar os intentos da empresa. Por isso mesmo:
Escreva como deve de ser

Reparou no título deste capítulo, “Escreva como deve de ser”?
Era um teste. A forma correcta é “como deve ser”, porquanto o “de” tem um valor semântico nulo. Neste caso, além de denunciar uma possível iliteracia, o engano dificilmente originaria problemas de maior. Mas, tal como os animais da quinta de Orwell, nem todos os erros são iguais. A má comunicação, escrita ou oral, também nasce da incorrecção linguística. Se os seus colaboradores escrevem com os pés (com os pés no telemóvel, se nos permite a exactidão gráfica) e ainda pensa que não há problema algum, lembre-se do desastre do Concorde. Aconteceu porque houve um engano na conversão entre kilogramas e libras, algures no processo de comunicação interna. Lembra-se do que aconteceu ao Concorde depois? Não durou muito tempo. Sem pressão…
Talvez não consiga reenviar os seus colaboradores ou o seu chefe para a escola, mas pode sempre preparar guiões e textos-tipo para facilitar uma comunicação com menos erros.
Não invente

Todos nós que já fomos às compras com fome sabemos como é fácil tomar más decisões quando não há uma lista de compras. Na comunicação da empresa isto também acontece. Comunicar certas informações por SMS, outras pelo Facebook, outras através dos classificados do Correio da Manhã até pode ser muito giro, mas vai dificultar que os seus Colaboradores saibam onde e quando obter informação. Para além de poder dar o resultado que se viu no caso do Governo e da TAP…
Sabe para que serve ter um plano de comunicação definido? Para os seus Colaboradores saberem que podem contar consigo e com o encantador departamento de Marketing e Comunicação da sua empresa para lhes dar, regularmente, informação útil, verdadeira e que os disponha melhor uns com os outros. Ao contrário do que sucede nas comédias românticas, o Colaborador, por norma, não vai escalar uma montanha à procura da informação amada, nem está à procura de ser surpreendido.
A menos, claro, que a surpresa seja uma melhoria tremenda no nível da Comunicação Interna, como acontecerá quando contratar os nossos serviços!