Os modernos meios digitais suplantam os tradicionais na escolha dos destinos de férias dos europeus, segundo estudo coordenado pela Comissão Europeia. Mais de metade dos inquiridos (53%) afirmaram seguir recomendações de “websites” e media sociais, enquanto apenas 28% referiram catálogos, revistas, jornais e outros media profissionais.
Os trabalhos de campo, cujos resultados foram agora divulgados, decorreram em Janeiro e foram conduzidos pela consultora TNS. Abrangeram os 28 países membros da União Europeia e ainda Turquia, Macedónia, Islândia, Noruega, Sérvia, Montenegro e Israel. A amostra totaliza mais de 31 mil inquiridos.
A maior fonte de recomendação de destinos de férias continua a ser “amigos, colegas e próximos”, com um valor de 56%. Os “websites” da Internet já representam 46% das recomendações. A maior parte dos inquiridos recorre a mais do que uma classe de fontes. A “experiência pessoal” também é muito relevante (33%), enquanto apenas 19% dos inquiridos destaca “agentes de viagens e postos de turismo”. Na comparação com idêntico inquérito (“Preferências dos Europeus face ao Turismo”) realizado em Janeiro de 2013, revela-se a subida, embora modesta (de 5% para 7%), dos media sociais e as descidas, também pouco expressivas, dos meios de comunicação tradicionais (de 9% para 8%) e dos agentes de viagens (de 21% para 19%).
As preferências dos portugueses não se distinguem, nestas matérias, da generalidade dos outros europeus. O povo que mais recorre aos “websites” (66%) é o finlandês e o que menos recorre (17%) é o montenegrino. Os media sociais são mais populares (14%) entre os turistas suecos e menos (3%) entre os húngaros. O inquérito permite concluir que se mantêm relativamente estáveis as preferências dos turistas quanto às motivações para férias (estadas superiores a quatro dias), com “sol e praia” em primeiro lugar com 46%, valor que compara com 40% do ano anterior. Seguem-se “visitas a familiares e amigos” (34%), “natureza” (30%), “cultura” (25%), “passeios urbanos” (23%), “actividades desportivas” (14%), “bem-estar” (13%), e “eventos” (8%). Na comparação homóloga registam-se crescimentos mais importantes nas motivações “natureza”, “cultura” “passeios urbanos” e “actividades desportivas”.
Briefing, 24 fevereiro 2014 11:32