Briefing, 13 novembro 2013
Inês Valente Rosa, Head of Consumer Intelligence da UP Partner
Também, dado que cada vez mais procuram gratificação imediata, o sentido de urgência criado pela natureza temporária, proporciona elevada satisfação. É também apelativa a possibilidade de contacto e experimentação dos produtos, o que facilita o processo de compra, especialmente para empresas de retalho online.
A popularidade das lojas pop-up tem crescido exponencialmente e o seu potencial como ferramenta de marketing é enorme. Com um investimento relativamente baixo e sem compromisso a longo-prazo, permite por exemplo: testar mercados e localizações; estudar e testar o comportamento dos consumidores e analisar tendências; maximizar vendas; lançar (novos) produtos; construir e promover a identidade, imagem e notoriedade da marca, bem como criar engagement e lealdade dos consumidores.
Assim, as lojas pop-up têm como objectivo potenciar vendas ou, e maioritariamente, promover o reconhecimento da marca através de um formato “experiencial”, que pretende ser um reforço de marketing, acompanhando a emergência de uma “Economia de Experiência”, em que o retalho se transforma num palco de experiências memoráveis, relevantes e de valor. Para tal, o design, a arquitetura, o grafismo e a sinalética são elementos diferenciadores chave, que atraem a atenção e transformam uma experiência “trivial” numa interacção “transcendente”. Quer seja a rua, o metro, o centro comercial, o quiosque ou outro espaço pop-up criativo, o local da loja deve ser privilegiado onde os nossos (potenciais) consumidores estejam ou possam estar facilmente, por forma a gerar o máximo de tráfego. Indispensável é também a criação e propagação de buzz, sobre a loja, os eventos, ou mesmo sobre a marca ou produto.
Lojas pop-up têm sido implementadas em todo o mundo, por diferentes marcas, para diferentes targets, em várias áreas de negócio (Louis Vuitton, P&G, eBay, Microsoft, Disney, Coca-Cola, Tesco e Walmart, etc.). Portugal acompanha esta tendência. Recentemente desenvolvemos uma loja pop-up para a marca Cin, em que o conceito, “Pintar antes de Pintar”, se centra em ajudar o consumidor a encontrar a cor perfeita, através de um conjunto de ferramentas que permitem descobrir, criar, simular, testar e combinar as diversas cores, facilitando e optimizando a escolha. Cada ferramenta foi recriada fisicamente no espaço através de estruturas que as simbolizam, exponenciando os seus benefícios e potenciando a proximidade e a interação com os visitantes. Diversas outras marcas têm desenvolvido lojas pop-up como a Reebok, Bloom, Salsa, Renova, TMN e Zilian.
O futuro é ainda mais rápido e por isso assistiremos à contínua proliferação de lojas pop-up, reinventadas, e ainda de menor duração, que aparecem e desaparecem um pouco por todo o lado.