25/11/09, OJE
As cadeias “discount” e “hard discount” e ainda as marcas próprias vão continuar a crescer no mercado retalhista português. Quem o afirma é José Ignacio Nieto, director para o sector da Distribuição da consultora A. T. Kearney em Espanha e Portugal, citado pela agência Lusa. O crescimento de pontos de venda em que o factor preço é determinante é uma tendência que a crise económica acentuou e que se vai manter, até porque estes têm fórmulas que lhes permitem crescer rapidamente”, disse o gestor. O estudo “Global Retail Index” da A. T. Kearney dá os exemplos das cadeias Lidl e Minipreço, e frisa que o crescimento das marcas próprias vai continuar. Por enquanto, este tipo de produtos representa 20 a 25% das vendas totais. O estudo detectou várias oportunidades de expansão internacional dos conceitos desenvolvidos em Portugal e um dos exemplos é o da Sonae Distribuição. Os analistas afirmam que a aposta deve passar pela expansão do sector não alimentar, destacando o potencial na internacionalização das marcas Worten, Sportzone, Zippy, Moldalfa e Loop. O estudo revela ainda que os países emergentes onde existe um forte crescimento em concessões de superfícies comerciais poderá existir espaço para a exportação de conceitos alimentares do grupo Ibersol. A dimensão é um entrave à internacionalização das cadeias ibéricas. Aconselha Ignacio Nieto a que as distribuidoras ibéricas apostem em mercados mais próximos, caso do Norte de África, para além de terem de ter um conhecimento profundo do consumidor no mercado de destino. O estudo realça o investimento externo em Portugal, caso da Auchan que anunciou 600 milhões de euros a três anos.