As exportações portuguesas de calçado para fora da União Europeia (UE) já cresceram este ano cerca de 40% e, entre os mercados emergentes, a China “é cada vez mais importante. Mundialmente, em termos de qualidade e de preços, estamos no pelotão da frente”, afirma Pedro Silva, diretor comercial da Associação Portuguesa de Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Sucedâneos (APICCAPS), a propósito da última edição da Micam Xangai, que terminou este fim de semana na capital económica da China.
Trata-se de um dos mais prestigiados certames do setor, organizado pela Feira de Milão e a Associação Italiana de Fabricantes de Calçado, e contou com uma participação recorde de empresas portuguesas: 16. “Há um grande apetite pelos produtos europeus”, realçou Pedro Silva acerca do mercado chinês. Na sexta-feira, dia da abertura do certame de Xangai, o presidente da APICCAPS, Fortunato Frederico, disse que a China já é “um mercado promissor” para o calçado português e, dentro de dois a três anos, será mesmo “uma referência”.
“Este mercado vai explodir”, afirmou Fortunato Frederico. A APICCAPS reúne cerca de 700 empresas, que produzem anualmente cerca de 70 milhões de pares de sapatos: “95% dos quais para exportação”, referiu o diretor comercial da associação. As exportações de calçado português para a China triplicaram nos últimos quatro anos, devendo exceder os 30 mil milhões de dólares (22,180 milhões de euros) em 2013, pela primeira vez.
14/10/13, 09:17, OJE/Lusa