20% dos residentes na Grande Lisboa e Grande Porto não fazem compras de Natal
HiperSuper
11 de Novembro de 2008
É caso para dizer que a crise não poupa sequer a tradição. De acordo com um inquérito efectuado pelo Fonebus da Marktest no passado dia 30 de Outubro, 20,6% dos residentes nas duas maiores áreas metropolitanas não tencionam realizar quaisquer compras de Natal. E a maioria dos que admitem fazê-lo, ou limitará o orçamento aos 150 euros (40,3%), ou não pensou sequer no assunto (26,5%).
A incerteza que ameaça acompanhar a evolução da economia nos próximos meses é a explicação mais plausível para mais de dois terços (69,9%) dos potenciais compradores adiarem para Dezembro a ida às lojas (ou, noutra perspectiva, para só 3,1% já o ter feito). Ao adiamento temporal corresponderá, em muitos casos, um adiamento psicológico, pois 37,2% deste grupo de respondentes ainda não decidiu se oferecerá brinquedos, livros, música, perfumes, roupa ou outro tipo de utensílios (bebidas, doces, filmes, jogos electrónicos e objectos de decoração).
Apesar da conjuntura pré-recessiva, há 16,2% de indivíduos que não se importam de alargar os cordões à bolsa para cifras entre os 251 e os mais de 500 euros. E, estranhamente, as chamadas “lojas dos 300″e chineses só concitam 4% das preferências na hora de optar pelo local de compra. A lógica da massificação do consumo parece imperar aqui: 60% dos inquiridos prefere centros comerciais e hipermercados, enquanto só 15% se mostram adeptos do comércio tradicional.
A amostra deste estudo é constituída por 116 homens e 131 mulheres com 18 ou mais anos, residentes em lares com telefone localizados em Portugal Continental (159 na Grande Lisboa, e 88 no Grande Porto). Foram entrevistados, através de questionários com perguntas de resposta fechada, 30 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos de idade, 49 indivíduos entre os 25 e os 34 anos, 46 indivíduos entre 35 e 44 anos, 41 indivíduos entre 45 e 54 anos, 35 indivíduos entre 55 e 64 anos, e 46 indivíduos com idade superior a 65 anos.
A selecção dos lares foi realizada aleatoriamente a partir da lista telefónica. A selecção dos inquiridos dentro de cada residência, por sua vez, obedeceu a critérios de sexo, idade, região e quantidade (um indivíduo por lar). A margem de erro é de +/- 6,24%, para um intervalo de confiança de 95%.