Segundo noticia hoje (Quarta-feira) o jornal Le Figaro, o Carrefour prepara-se para sair definitivamente de Portugal. Segundo avança o diário francês, o segundo maior retalhista mundial tomou a decisão de colocar à venda as 524 lojas discount que operam actualmente no nosso País sob a insígnia Minipreço. O Le Figaro adianta que o grupo francês estará a preparar-se já para dar início ao processo de venda, não se sabendo da existência de interessados ou qual o valor que o Carrefour pretende pela operação Dia/Minipreço. Em 2009, segundo refere o Le Figaro, o volume de negócios da operação atingiu 915 milhões de euros, correspondendo a uma quebra de 0,9% em relação a 2008, adiantando que no número comparável de lojas, as vendas caíram 6,8%. Caso esta operação avance, significa a saída de mais um grande player internacional do mercado português, depois da saída do Carrefour (operação vendida à Sonae) e da Tengelmann (com a aquisição da insígnia Plus por parte da Jerónimo Martins). Os analistas do Espírito Santo Equity Research consideram que a Jerónimo Martins e a Sonae são potenciais compradores, estimando que a compra pode atingir valores próximos dos 800 milhões de euros, “o que, no caso da Sonae, poderia obrigar a um aumento de capital”, admitem. Já a Jerónimo Martins, dona da insígnia Pingo Doce, não necessitaria de aumentar capital, mas o Espírito Santo considera que as redes das duas marcas (Pingo Doce e Minipreço) têm uma “enorme sobreposição”. Também a Caiba BI não está surpreendida com a decisão do Carrefour e acredita que um dos operadores presentes no País poderá comprar as lojas. “Apesar da estratégia da Jerónimo Martins estar focada na entrada em novos mercados, não será de excluir o interesse do grupo nesta aquisição”, refere. Enquanto Sonae MC e Jerónimo Martins não comentam qualquer eventual interesse na compra da Minipreço, o grupo Os Mosqueteiros recusaram qualquer interesse no negócio.