Se identificar tendências não é tarefa fácil, fazê-lo num ano repleto de incertezas mais difícil se torna.
Mas uma coisa é certa: em 2020, desenvolveram-se novas mentalidades e perspectivas. Em especial, nos empresários. Muitos orientaram as suas atenções para o comércio digital, websites e redes sociais online. Resultado? Indica a Marketeer que os profissionais de Marketing Digital serão mais requisitados pelas empresas em 2021.
As relações entre os profissionais de marketing e comunicação e os empresários estão em redefinição. E novas tendências emergem destas relações – e não só.
A Deloitte foi investigar estas tendências e publicou o Relatório de Tendências Globais de Marketing de 2021. Ora espreite o nosso resumo.
Propósito
“À medida que os consumidores se alinham com os negócios com os quais partilham valores, as empresas que agem com propósito estão melhor posicionadas para o sucesso”.
Sustentabilidade, responsabilidade social e apoio à comunidade são crescentemente exigidos pelos consumidores e praticados pelas organizações. De acordo com a investigação da Deloitte, 1 em cada 5 consumidores apoiará uma marca que realizou acções positivas, enquanto 1 em cada 4 desistirá se não concordar com as decisões da marca.
Assim, todas as organizações precisarão por certo de repensar e clarificar o “porquê” de existirem. Em tempos difíceis, as organizações que se destacam são as que têm um propósito relevante para si e para os seus públicos, o assumem com plena consciência e o comunicam de forma eficaz.
Agilidade
“O ambiente actual testou os modelos de negócios de formas sem precedentes e deixou claro que a agilidade é uma atitude cultural crucial para as organizações”.
“Parar é morrer“, diz o ditado. As organizações que tomaram posições proactivas e foram ágeis na sua adaptação são as que, hoje, voltam a ver o seu negócio ganhar cor.
A pesquisa da Deloitte, com 2.447 consumidores globais, apurou que 58% dos entrevistados conseguiram nomear pelo menos uma marca que dinamizou rapidamente as suas ofertas para reagir aos efeitos do COVID-19. 82% dos consumidores disseram que essas ofertas novas e relevantes os incentivaram a fazer mais negócios com a marca.
Fique com esta ideia!
Experiência Humana
“Aprofundando a compreensão dos seus clientes, funcionários e stakeholders, as empresas podem criar ferramentas, soluções e dispositivos que tornam a vida das pessoas melhor – e não apenas online.”
Com a rápida transição para o digital, muitas organizações perderam o sentido humano das suas relações com os clientes. A Deloitte constatou que mais de 56% dos consumidores afirmam desejar uma experiência mais “humana” nos ambientes virtuais.
Re-humanizar pode bem ser o desafio das actividades organizacionais em 2021!
Confiança
“A confiança é construída sobre a promessa de uma marca e o desempenho do seu produto ou serviço. Embora a confiança leve anos a ser construída, leva apenas alguns segundos a ser destruída”.
A Deloitte descobriu que, mesmo durante a pandemia global, 1/3 dos consumidores mais preocupados com as políticas de privacidade de dados estão dispostos a partilhá-lhos com organizações que ajudam os outros, por transmitirem confiança, transparência e ética.
Por isso, tenha atenção ao cumprimento de datas de entregas e prestações de serviços, pratique o que comunica, invista na criação de uma relação de confiança com o seu consumidor, porque o retorno dessa confiança é o que de melhor pode almejar
Participação
“Com o engagement bidireccional, as empresas estão a pensar nos seus consumidores estrategicamente, como embaixadores da marca, influenciadores, colaboradores e inovadores. As empresas estão a explorar a paixão de conseguir um engagement mais colaborativo com os consumidores.”
Os modelos de negócio mudaram e a comunicação já não se faz apenas num sentido. Os consumidores são e querem ser cada vez mais participativos nas conversas com as marcas. As organizações que incentivam essa participação e que respondem aos seus consumidores triunfam.
56% dos consumidores entrevistados na pesquisa da Deloitte relataram que colaboraram digitalmente com uma marca no último ano, com publicações nas redes sociais, desenvolvimento de conteúdo original para a marca e ainda co-criação de ofertas de produto.
Por isso, se a sua empresa foi identificada numa publicação no Instagram, se um consumidor comentou a sua fotografia no Facebook, se lhe fez uma pergunta pelo Twitter, responda. E se quer envolver os seus consumidores, desafie-os a participar nas suas decisões e ideias. Não é tempo perdido, é sucesso ganho.
Fusão
“As organizações podem ajudar melhor as pessoas que servem, oferecendo experiências inovadoras por meio de parcerias entre sectores, criando ecossistemas que atendam de forma mais completa às necessidades humanas.”
A maioria dos executivos de topo (78%) concordou que os novos relacionamentos e parcerias forjados durante o COVID-19 continuarão a fazer parte de uma estratégia de longo prazo, depois da pandemia acabar.
A união faz a força!
Talento
“À medida que as formas de trabalhar mudaram, as organizações de marketing concentraram-se em maneiras de fazer do seu activo mais valioso, o talento, uma força estratégica”.
A pandemia introduziu novas formas de trabalho com que muitas empresas não estavam habituadas a lidar. Para superar os novos desafios, a adaptabilidade das equipas foi fundamental. Além disso, a maioria dos Chief Marketing Officer’s (77%) recorreu à Inteligência Artificial para automatizar o trabalho durante a pandemia.
O talento é um recurso que pode ser sempre desenvolvido.
Fonte: Deloitte.