O lançamento das duas novas rádios – que terão os nomes dos programas em que se baseiam – surge da «ideia de super-segmentação» dos ouvintes da RFM, aproveitando programas da estação «que criaram uma grande fidelização», disse o responsável num encontro com jornalistas ontem realizado em Lisboa.

A estratégia já esteve na base do lançamento da rádio on-line «Anos 80», há cerca de quatro meses, e que, de acordo com o director, conseguiu «um crescimento de 113 mil utilizadores únicos mensais» desde Setembro.

Mesmo depois de ter terminado a fase de promoção da rádio, «os números estabilizaram nos 100 mil» utilizadores únicos por mês, acrescentou.

«Esperamos audiências superiores para a Oceano Pacífico e a Clubbing, admitiu António Mendes, defendendo tratar-se de «submarcas estrela» da RFM.

Com emissão contínua 24 horas por dia, as rádios serão gravadas mantendo, no entanto, o mote dos programas, ou seja, a música de dança no caso da Clubbing e a música romântica com apresentação de João Chaves no caso da Oceano Pacífico.

Apesar de terem «custos baixos», as novas rádios temáticas «serão comercializadas, estando o grupo a concluir negociações com um patrocinador para a Anos 80», avançou o director.

Com três rádios online já apresentadas, os responsáveis da RFM admitem lançar mais «no primeiro trimestre do próximo ano», até porque «todos os meses há um crescimento do número de ouvintes on-line», referiu António Mendes, acrescentando que «a ideia dos ouvintes fazerem rádios próprias na internet não pegou muito porque as pessoas preferem produtos acabados e alguém que fale com elas».

Mas as rádios on-line não servem só «para ter oportunidade de crescer» junto dos ouvintes, admitiu o administrador do grupo, Gonçalo Faria de Carvalho. «São também uma forma de internacionalização sem esforço», explicou, adiantando que «já terem atingido por completo as comunidades lusas».

Por outro lado, admitiu, o lançamento de rádios online «permite também ultrapassar os limites de frequências» estabelecidos por lei para cada empresa, que permite a cada grupo ter um máximo de cinco rádios.

2008/11/26

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