Entre os dias 27 e 28 de Novembro, o Banco Alimentar contra a fome lança mais uma das suas campanhas de luta contra a fome nos supermercados. A par da acção, a instituição as lança-se também nas redes sociais.
Nesta nova campanha, através dos créditos virtuais do Facebook, os utilizadores poderão contribuir para combater a pobreza. O Banco Alimentar está a preparar uma campanha online que permitirá comprar arroz, massa, leite e cereais em troca de créditos adquiridos nesta rede social.
Para tal basta que os utilizadores, primeiramente, verifiquem na sua conta Facebook se têm créditos no seu saldo, que podem ter sido comprados com cartão de crédito – gastando dinheiro real, embora através da plataforma online – e correspondam a um montante predefinido: dez créditos equivalem a um dólar.
Os créditos são adquiridos para se jogar nas aplicações online. No Farmville, por exemplo, um dos jogos mais jogado no Facebook, em vez de se esperar alcançar um conjunto de pontos para adquirir um tractor, o jogador pode comprá-lo com dinheiro real que se transforma em créditos virtuais. Como este, muitos outros jogos online têm esta possibilidade para levar os jogadores a gastarem dinheiro.
Para além desta forma, os créditos podem ser obtidos também de outra maneira, muitas vezes até sem o utilizador dar conta: há marcas que usam o Facebook para lançar campanhas de publicidade ou planos de descontos e, assim, chegar aos utilizadores, potenciais clientes através dos quais obtêm informação importante para o seu negócio.
Assim, não só estão a pagar ao Facebook como também estão a receber créditos que oferecem aos utilizadores que participam nas suas acções. Desta maneira, o utilizador não gasta dinheiro mas a sua colaboração com a marca gera valor que é transformado em créditos que, por sua vez, podem ser utilizados em jogos ou causas sociais como esta.
“Há pessoas que nem sabem que têm créditos porque nunca usaram dinheiro. Mas já participaram nalguma acção deste tipo e têm saldo”, afirma fonte da Link. Quem não tem, pode comprá-los com dinheiro, usando o cartão, e dando um donativo.
Contudo, o objectivo do Banco Alimentar com esta campanha é permitir a transformação dos créditos em produtos. Assim, será definido o preço do pacote de arroz ou massa e o utilizador doará créditos da aplicação online. Por fim, os créditos serão contabilizados em dinheiro virtual, depois convertido em valores reais usados pelo Banco para adquirir produtos no mercado.
Segundo Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa de Bancos Alimentares, “o objectivo é chegar a um público diferente, mais jovem, que se calhar não vai ao supermercado mas pode contribuir desta forma simples”. A campanha resulta de uma parceria com a Link Consulting, que gerou a aplicação, e a Microsoft. Esta será limitada. Para já, é impossível estimar o seu impacto, diz Isabel Jonet. “Não fazemos ideia de quanto vamos angariar.”
Fonte: Diário de Notícias
Briefing, 16.11.2010
Imagem no PxHere