“Ligeiro recuo nas vendas a retalho”
Hiper Super
30 de Outubro de 2008
De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em Setembro, as vendas no comércio a retalho, deflacionadas e corrigidas dos dias úteis e da sazonalidade, diminuíram 0,3% em termos homólogos (+1,1% em Agosto). O decréscimo do índice agregado foi determinado pela variação de -1,7% (-0,7% em Agosto) registada no comércio de produtos não alimentares que mais compensou o crescimento de 1,3% verificado no comércio de produtos alimentares (3,2% no mês anterior).
A variação mensal das vendas no comércio a retalho, deflacionadas e corrigidas dos dias úteis e do efeito da sazonalidade, foi de -2,1%, dois pontos percentuais (p.p.) inferior ao verificado em Agosto. O comércio de produtos alimentares apresentou uma variação de -1,6% (-0,3% em Agosto) e o comércio de produtos não alimentares registou uma redução de 2,5% (variação nula no mês anterior).
A variação média do índice agregado nos últimos doze meses, deflacionada e corrigida dos dias úteis e da sazonalidade, foi de 0,7%, superior em 0,1 p.p. à registada em Agosto. Em Setembro de 2008, quando comparado com o mês homólogo, o emprego no comércio a retalho cresceu 1,6%, valor inferior em 0,2 p.p. Ao observado no mês anterior.
Por sua vez, o emprego no comércio de produtos alimentares apresentou uma variação homóloga de 4,0% (3,8% no mês anterior), enquanto no comércio de produtos não alimentares esta variação foi de 0,1%, valor inferior em 0,4 p.p. à verificada em Agosto. A variação mensal do emprego no comércio a retalho foi de -0,2% (variação nula em Setembro de 2007).
O comércio de produtos alimentares registou uma variação mensal de -0,3% (-0,5% em Setembro de 2007), enquanto o comércio de produtos não alimentares apresentou uma variação de -0,1% (+0,3% em Setembro do ano anterior).
A variação média dos últimos doze meses manteve-se em 2,7%, idêntica à verificada nos últimos 3 meses.
No que diz respeito às remunerações brutas, em Setembro, aumentaram 5,6% em termos homólogos (4,6% em Agosto). A variação mensal do índice das remunerações foi de -2,5%, quando em Setembro de 2007 esta variação tinha sido de -3,5%. A variação média dos últimos doze meses foi de 6,4%, 0,1 p.p. inferior à registada em Agosto.
Em Setembro, face ao período homólogo do ano anterior, o volume de trabalho corrigido dos dias úteis, registou uma variação de 0,8% (variação nula no mês anterior).
O comércio de produtos alimentares registou uma variação homóloga de 3,8%, superior em 3,4 p.p. ao verificado no mês anterior, enquanto para os produtos não alimentares a taxa de variação homóloga foi inferior em 1,1 p.p. à registada em Agosto, tendo-se situado em -1,3%. A variação mensal do volume de trabalho corrigido dos dias úteis no comércio a retalho, foi de 2,5% (1,8% em Setembro de 2007), 6,4 p.p. superior à observada em Agosto. A taxa de variação média nos últimos doze meses situou-se em 1,5%, inferior em 0,1 p.p. à registada no mês anterior.
“Sony cede ao Corão para lançar novo jogo”
Hiper Super
30 de Outubro de 2008
A Sony cede à indignação de alguns sectores do Islão e vai lançar o novo jogo LittleBigPlanet com a banda sonora alterada. O produto, concebido para a PlayStation 3, chega às lojas nacionais dia 4 de Novembro, com um preço recomendado de 69.99 euros, informa a Sony Computer Entertainment Portugal. Nuno Markl empresta a voz a um produto que permitirá aos utilizadores criarem os seus próprios níveis, jogar em grupo e compartilhar conteúdos com outros parceiros. Durante um período limitado, serão disponibilizados um fato gratuito para o Super-Homem e uma t-shirt “I Was There Week One”, ambos para o Sackboy.
Em meados de Setembro, um indivíduo muçúlmano que jogava a versão experimental enviou um comentário para o fórum da Play Station, onde argumentava que “misturar música com frases do Corão podia ser considerado altamente ofensivo para com os muçúlmanos”, numa alusão a duas frases do livro sagrado reproduzidas na banda sonora do jogo. Manzoor Moghal, do Fórum Muçúlmano, considerou que “as palavras do Corão não devem estar presentes em músicas porque as palavras são vistas como vindas directamente de Deus”.
Em reacção, a distribuidora japonesa apressou-se a efectuar “uma recolha global para garantir que não há maneira possível de ofender seja quem for”, nas palavras de porta-voz da empresa citado pela BBC Online. Foi também anunciada a decisão de adiar o lançamento mundial do LittleBigPlanet, então previsto para 17 de Setembro, e apresentadas “sinceras desculpas por qualquer ofensa que possa ter causado”, segundo a nota publicada no site oficial do jogo. A resposta do Fórum Muçúlmano não se fez esperar: felicitou a Sony “pela acção decisiva de retirar os jogos imediatamente e relançar uma nova versão que não ofende os muçúlmanos”.
Em Junho de 2007, o decano da Catedral de Manchester, Rogers Govender, considerou “altamente irresponsável” a escolha daquele lugar de culto como palco para a encenação de um tiroteio entre dois grupos armados com um saldo de mais de 100 mortos, no contexto do jogo “Resistance: Fall of a Man”, também para a Play Station 3. A Igreja Anglicana aproveitou para pedir à Sony uma “doação significativa” a organizações religiosas de caridade, e exigiu que a “cortesia, o respeito pela dignidade do sujeito, e admitir os erros quando eles são cometidos” fossem uma realidade no universo dos videojogos. A Sony apressou-se a escrever uma carta aos responsáveis da Catedral, pedindo desculpas por eventuais ofensas e garantindo que o jogo não passava de ficção científica com alvos extraterrestres. O “Resistance: Fall of a Man” vendeu mais de um milhão de cópias, pois não chegou a ser retirado do mercado, contrariando a vontade da Igreja fundada por Henrique VIII.
“Auchan aposta na Natureza”
Hiper Super”
30 de Outubro de 2008
O grupo Auchan criou uma nova área de negócio: Jumbo Natureza. A primeira loja entrou em funcionamento no Almada Fórum, com uma área de 1.700 metros quadrados, contando uma vasta oferta nas áreas pet (animais de estimação), jardim e decoração interior e exterior, rondando o investimento os 1,5 milhões euros.
De acordo com José Carreiro, director do Jumbo Natureza, “este é um conceito de loja que reúne no mesmo espaço uma vasta oferta de produtos. São cerca de oito mil referências e caracteriza-se pelos serviços inovadores que coloca à disposição do cliente. O Jumbo Natureza, a par com o Jumbo de Almada, é o mais barato, artigo a artigo, na sua zona de influência”.
Contando com 4 caixas, os 19 colaboradores tiveram cerca de mil horas de formação, existindo 8.000 referências de produtos na loja.
“Metas Starbucks até 2015”
Hiper Super
30 de Outubro de 2008
Starbucks anunciou ontem treze metas a alcançar em 2015, no âmbito do projecto StarbucksTM Shared PlanetTM. Como parte deste compromisso, a totalidade do café comprado e utilizado pela Starbucks deverá ser cultivado com responsabilidade e comercializado de acordo com princípios éticos, 100% dos copos serão reutilizáveis ou recicláveis, a empresa vai ainda reduzir significativamente a sua pegada ecológica através da conservação de energia e água, vai apostar ainda na reciclagem e na construção verde e além de aumentar as horas de serviço comunitário/ano para um milhão.
“O Programa Starbucks Shared Planet não diz respeito apenas ao facto de sermos uma empresa socialmente responsável, o que pretendemos é acima de tudo reafirmar a liderança da Starbucks no comércio do café e junto das comunidades em que estamos presentes, ” afirmou Howard Schultz, presidente e director dxecutivo da Starbucks. “Embora se tratem de metas desejáveis, são metas concretas que nos vão ajudar e desafiar para sermos uma empresa melhor. Durante este período de instabilidade económica acreditamos ter a responsabilidade de prosseguir com os nossos compromissos de forma a mantermos as comunidades com quem trabalhamos fortes. Tenho orgulho no que estamos a fazer para permanecermos fieis aos princípios que orientam esta empresa”.
Algumas metas Starbucks para alcançar em 2015
Fornecimento ético:
Comprar 100% do café Starbucks a produtores que cumpram os princípios éticos da plantação e fornecimento do café, em vez dos actuais 65%.
Investir num futuro melhor para os produtores de café, assim como nas respectivas comunidades duplicando os fundos das organizações que oferecem os empréstimos aos produtores
Impacto pró-activo na mudança climática, com a oferta de incentivos aos produtores rurais visando a prevenção do desflorestamento. Programas-piloto com a Conservation International em Sumatra, Indonésia e Chiapas, México, serão lançados em breve.
A nível ambiental:
100% dos copos Starbucks vão ser reutilizáveis ou recicláveis
25% dos copos serão reutilizáveis
Aumento da reciclagem praticada nas lojas
Até 2010, 50% da energia usada nas lojas próprias vai ter origem em fontes renováveis
Até 2010, as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa serão reduzidas através do aumento em 25% na eficiência energéticas das lojas próprias.
Redução significativa do consumo de água
Em 2010 as novas lojas próprias terão selo verde
Liderar iniciativas de protecção às florestas tropicais como solução para o problema das alterações climáticas
“Ministério da Agricultura esclarece notícias sobre produtos tradicionais”
Hiper Super
30 de Outubro de 2008
Na sequência da notícia publicada no Público, no passado dia 27 de Outubro, com o título “Especialistas alertam para falta de protecção a produtores”, o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP), vem referir, em comunicado, alguns equívocos, “por manifesto desconhecimento da regulamentação comunitária e nacional nesta matéria”.
Assim, o MADRP esclarece que “a regulamentação comunitária que estabelece as regras relativas à higiene dos géneros alimentícios prevê a possibilidade de derrogar ou adaptar determinados requisitos e as condições em que Estados membros o podem conceder” e que “esta flexibilidade concedida pela regulamentação comunitária tem como objectivo conciliar uma elevada protecção do consumidor em matéria de segurança alimentar com a salvaguarda da manutenção dos processos tradicionais.
“Neste contexto”, refere o ministério liderado por Jaime Silva, “a concessão de derrogações, enquanto excepção ao regulamento, deve ser devidamente fundamentada por forma a demonstrar que estas não põem em causa a protecção da saúde dos consumidores”.
No restante comunicado por ler-se que “a tramitação do processo de pedido de derrogações recentemente instituído pelo Despacho normativo n.º 38/2008 de 13/08, decorre directamente da regulamentação comunitária. Assim, consoante os casos, as derrogações podem ser concedidas, ao nível individual ou geral, pelos Estados-membros, num número limitado de situações ou pela Comissão Europeia a pedido destes. Por outro lado, usando da flexibilidade concedida pela regulamentação comunitária, os alimentos com características tradicionais e métodos de produção tradicional, nomeadamente os produtos protegidos (DOP, IGP, ETG) são objecto de um processo de concessão de derrogações mais facilitado”.
“Com o objectivo de ajudar os operadores na fundamentação das derrogações, o procedimento instituído pelo DN 38/2008, permite que os requerentes possam apresentar os respectivos pedidos, ao nível individual ou de forma agrupada, através dos municípios, associações sectoriais ou associações de interessa local”, refere o MADRP, salientando ainda que, “uma vez que os produtores de produtos tradicionais protegidos devem ter um ligação aos agrupamentos responsáveis gestores da menção protegida, considera-se que já existem interlocutores privilegiados com a administração no âmbito deste processo.
O comunicado termina com o ministério a concluir que “neste contexto, considera-se que o processo está limitado ao mínimo que é imposto pela regulamentação comunitária pelo que não se exige mais do a Europa exige. Agora sim existem canais apropriados para resolver alguns das dificuldades que os produtores possam encontrar na aplicação da legislação comunitária em termos de segurança alimentar”.
“Estudo: Estratégia de Obama é semelhante à Nokia e a de McCain à da Apple”
Meios e Publicidade
28 de Outubro de 2008
Um estudo da Synovate resumiu a estratégia eleitoral de Barack Obama como sendo focado no “nós”, devido à forma como o candidato democrata associa a sua pessoa a vários temas-chave. Obama é visto como alguém que estabelece uma ligação com os eleitores, sobretudo nos assuntos relacionados com a saúde, a vontade de mudança, o Iraque e a educação. Ged Parton, CEO da Synovate, em declarações ao Brand Republic refere que “Obama associa-se a vários assuntos e mostra que ele é a resposta para eles, da mesma maneira que a Nokia vende-se a si própria promovendo os seus serviços e atributos”
De acordo com o mesmo estudo, John McCain continua a ser pouco referenciado no que diz respeito à economia. Aliás, McCain parece não ter uma forte ligação com os eleitores, com excepção da guerra do Iraque. De acordo com Parton, ” A abordagem de McCain à sua própria marca é focar-se nele, na sua experiência, no seu passado militar. Esta estratégia, que é perigosa, é também usada pela Coca-Cola Light e pela Apple”. Parton acrescenta que “a estratégia é caracterizada pela confiança de falar sobre ele próprio, em vez de falar de recursos ou benefícios”. O estudo inquiriu 1700 cidadãos norte-americanos recenseados e seguiu a metodologia eNation.
“Negócio de vestuário para deficientes vence Prémio Start 2008”
Público
30.10.2008
Num concurso onde os projectos tecnológicos costumam dominar, a We Adapt diferenciou-se com um negócio que quer realmente fazer a diferença. Quando falou ao PÚBLICO antes da cerimónia final do Prémio Nacional de Empreendedorismo Start, Miguel Ângelo Carvalho estava tudo menos convencido de que a sua ideia de desenvolver e comercializar on-line vestuário e acessórios para pessoas com necessidades especiais seria a vencedora. Havia, contudo, uma certeza nas palavras do engenheiro têxtil de 39 anos: “Quer ganhemos quer não, isto vai para a frente”. Ontem à noite, receberam um ‘empurrão’, ao ganhar o Prémio Start de melhor projecto empresarial. Traduzindo em cifras, são 50 mil euros, a incorporar no capital social da empresa.
Ao querer fazer a diferença “contribuindo para a inclusão de pessoas com necessidades especiais”, a We Adapt contrariou a tendência dominante dos projectos científico-tecnológicos no concurso organizado pela Universidade Nova de Lisboa, BPI e Optimus. Afinal, estes projectos não só costumam estar em maioria (este ano representavam 21,5 por cento das 500 candidaturas) como conquistaram o primeiro lugar nas duas edições anteriores, com a Food Metric e a Stemmatters.
A história da We Adapt começou quando Miguel Carvalho, professor na Universidade do Minho, foi desafiado por uma aluna romena para ser seu orientador numa tese sobre vestuário para deficientes. A ideia acabou por o conquistar e reuniu uma equipa de mais quatro pessoas, com proveniências tão diversas como a indústria têxtil, engenharia de polímeros, electrónica, mecânica, física e psicologia. Após três anos de estudos, a We Adapt conseguiu sair do papel e tem em andamento a sua primeira colecção de roupa para pessoas com necessidades especiais. Com a vitória no Prémio Start, “os custos da primeira colecção ficam quase cobertos”, realça Miguel Ângelo, afastando a necessidade de a empresa recorrer, pelo menos para já, a crédito bancário. Em Janeiro ou Fevereiro do próximo ano, a We Adapt vai fazer um desfile para apresentar a sua colecção de 38 peças ao público português, mas, em 2010, quer já ter à venda têxteis electrónicos para reabilitação, monitorização dos sinais vitais e electroestimulação muscular.
Recorrendo à Internet para as vendas e aos correios para a distribuição, a We Adapt está a canalizar os seus esforços para entrar no mercado norte-americano – uma estreia que conta já com o apoio do programa UTEN (University Tecnhonoly Enterprise Network) e da Cisco Systems. Apesar de querer actuar num mercado de nicho, a We Adapt vê no sector um potencial enorme. Basta olhar para os números: dez por cento da população mundial tem necessidades especiais. Requerendo um investimento de 180 milhões de euros, a We Adapt espera resultados positivos de 1,6 milhões no terceiro ano de actividade.